segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Perguntas em busca de respostas

É estranho ver minhas certezas se desmanchando no ar... E mais estranho ainda é ver que boa parte delas está indo embora sem muita dor - me faz pensar se eram, de fato, certezas. E o que mais dói não é perdê-las, é perceber que não tenho outras para substituí-las.

Antes de começar o curso de Teologia, resolvi fazer uma suspensão de descrença invertida (pra quem não conhece o termo: suspensão voluntária de descrença é aquilo que faz você acreditar que o Henrique VIII tinha a cara do Jonathan Rhys Meyers). Na minha "suspensão de crença", decidi não me apegar a tudo que aprendi em quinze anos de Igreja. Guardei a fé em um Deus criador e em um cara chamado Jesus que andou pela Palestina de 2000 anos atrás; e deixei o resto em aberto. E, agora, cadê as certezas que estavam aqui?

Esta semana, durante uma aula de Filosofia da Religião (em que eu não estava lá prestando muita atenção, admito), comecei a anotar uma série de perguntas:

  • Se não há vida após a morte, ela é necessariamente inútil?
  • Se não há Deus, não há sentido? Se não há Deus, não há moral?
  • O que queremos dizer, quando indagamos sobre o "sentido" da vida? A vida precisa ter sentido?
  • Nascer, crescer, sentir, se relacionar, morrer - isto é pouco? Tocar e ser tocado por outras pessoas, é preciso mais sentido do que isto?
A terceira me lembra um poeminha que escrevi no segundo grau ("A vida tem sentido? Se tem, pra onde?"). Mas ainda não consigo articular estas questões, transformá-las em texto, tirar delas, se não certezas, pelo menos uma linha de pensamento minimamente coerente. Inspirada, então, no meu colega Renato Fontes e em suas Perguntas Retóricas, vou deixando registrados os meus questionamentos. Não são retóricos, mas ainda estão em busca de respostas...

domingo, 23 de agosto de 2009

Moral?

Se não há Deus, não há moral? A moral tem que ser, necessariamente, resposta a uma entidade superior a mim? Por que a moral não pode ser resposta ao ser humano diante de mim?

Este vídeo é antiguinho, mas interessante (está em inglês, sem legendas):



Confesso: eu quero dar uns tabefes na apresentadora loura. Grupos ateístas espalharam cartazes anti-religião em cidades americanas. Os cartazes foram roubados, e os grupos decidiram substituí-los por cartazes dizendo "Não roubarás". A loura fica indignada: "Ah, é, somos ateus, mas vamos usar um dos dez mandamentos para nos justificar". Hum... Quem roubou os sinais, muito provavelmente, foram cristãos (note que ninguém nega essa possibilidade, a própria colunista convidada recomenda que os cristãos NÃO façam isso). Ora, não somos nós que adoramos esfregar a moral na cara dos outros? Por que os outros não teriam direito de devolver isso, quando nós mesmos agimos contra essa moral?

Mas a loura continua: "Se não lutarmos, o cristianismo pode desaparecer". Difícil acreditar que alguém realmente creia nisso, que uma das maiores religiões do mundo pode sumir do mapa simplesmente porque algumas pessoas espalharam cartazes contra ela. E, mesmo que isto fosse possível, será que isto justifica agirmos contra os nossos próprios padrões?

Por enquanto, fico por aqui. Comentários?

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cover de Thriller, do Michael Jackson



Este é um dos meus covers favoritos. O clima voz-e-violão me fez prestar mais atenção na letra e deixou a música mais assustadora... Ah, sim, o cantor é Ben Gibbard, das bandas Death Cab for Cutie e The Postal Service (Such Great Heights, disponível no My Space e no site oficial, é uma das músicas mais fofas que já ouvi!).

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