terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A volta...

Este blog é uma nova tentativa... Já tive um tempos atrás, o Footnotes (no Weblogger). Agora adotei o nome em português mesmo, Notas de Pé. Tá, o mais correto sera "Notas de pé de página" ou "Notas de Rodapé", mas Notas de Pé é mais bonitinho :-)

Espero ter fôlego para postar. Não que eu tenha muita esperança de ser lida, mas é bom ter um espaço para escrever.

Enfim, se você "caiu" aqui, fique à vontade!

Post teste: Aventura de Réveillon

Meus velhos amigos de CEFET e eu decidimos passar a virada de 2007 para 2008 na casa de um amigo nosso em Niterói. Fomos ver a queima de fogos na praia de Icaraí, onde chegamos a pé, depois de uma boa caminhada. Até deu pra ver um pouco dos fogos de Copacabana, que começaram antes da hora. Mas foi depois da meia-noite que começou a aventura. Reparamos que tinha um ônibus que servia pra volta parado bem atrás de onde estávamos, e depois de trocar os abraços e beijos tradicionais, embarcamos nele nos achando muito espertos.

O ônibus já estava andando quando entramos, mas o motorista parou uns poucos metros adiante para ver os fogos (foram 20 minutos, uma eternidade). O ônibus foi enchendo, os fogos acabaram, mas cadê que o bicho andava? Depois de mais vinte minutos a gente percebeu o problema: a rua lá tem só duas pistas (uma pra cada mão) entre o mar e a montanha, e na pista contrária tinha uns 5 ônibus que não tinham conseguido chegar na praia, graças ao engarrafamento pré-fogos. Pra piorar, tinha trocentos carros estacionados dos dois lados da pista (Niterói ainda não aprendeu a lição de Copacabana, que fecha o trânsito para carros particulares no dia 31). Bem na frente do ônibus que vinha na direção contrária ao nosso, tinha uma van e um carro parados, antes de uma vaga vazia. A princípio eu pensei que se empurrassem o carro e a van, o ônibus da nossa frente teria espaço para manobrar. Só que mais adiante do nosso ônibus tinha um carro em fila dupla. Ah, sim, eu falei que tudo isso era numa curva? Pois é...

Os primeiros minutos de 2008 passando, e nada do impasse se resolver. Um amigo meu desceu do ônibus e começou a empurrar o carro que estava na frente da van, mas a família responsável pelo veículo já tinha chegado e quase saiu briga. O dono da van apareceu (alívio!), abriu a porta, pegou alguma coisa lá dentro e fechou de novo (nãaaaaooooo!!!). Ignorando completamente o nó no trânsito, encostou na van - de frente pra praia e de costas pro crime - e começou a falar no celular.

Finalmente apareceram alguns oficiais distribuindo multas para os carros estacionados do lado da pedra (local proibido), e um guarda municipal foi ver o porquê do trânsito estar parado - imagino que àquela altura a fila de carros tentando sair de Icaraí já devia estar dando a volta em Niterói...
Nós (eu, meus amigos e outros passageiros) gritamos pro guarda pedir para a van sair do caminho. Ele olha pra gente com cara de "E cadê o motorista?". A gente grita "Tá ali", apontando para o distinto senhor ainda curtindo a brisa do mar. O guarda vai até ele, o cara (de pau) diz que não é o dono do carro. O guardinha vira pra ir embora, mas a essa altura o ônibus inteiro já se levantou e todo mundo grita indignado: "É ele sim! É ele sim! A gente viu ele abrir a porta!", e começa a xingação... O guarda volta para reclamar, o "motorista" insiste, o guarda tira o talão de multa do bolso (aplausos do ônibus), o "condutor" muda de conversa. Um senhor de bermudas e boné, do lado da esposa, grita alguns palavrões, pede "Tira a carteira dele!" e repete o novo bordão clássico, "Pede pra sair!", enquanto o "piloto" entra na van. Para delírio dos fãs do capitão Nascimento, nessa hora aparece um PM gritando e batendo na porta da van. Finalmente, a van saiu, abrindo caminho para a fila de ônibus andar. O nosso ainda teve que aguardar mais uns minutinhos pra poder desviar do carro em fila dupla...

É, 2008 promete :-)

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