domingo, 28 de fevereiro de 2010

Diário de Viagem: Chapada Diamantina, parte 2

Depois de cinco dias fazendo turismo na Chapada Diamantina, chegou a hora de partir para Capim Grosso, cidade onde meu avô foi morar em 2007. A viagem foi tranquila, e só não foi mais rápida porque acabei pegando o ônibus "comercial" - código para o famigerado pinga-pinga, que apanha (e deixa) pessoas em qualquer lugar. Se fosse só no meio da estrada, tudo bem, mas algumas vezes as paradas aconteciam alguns poucos metros depois do ônibus sair de uma parada oficial, o que é bem irritante.

No dia seguinte à minha chegada, uma segunda-feira, nós (eu, meu avô, seu Manoel, a Rose, que está morando com ele - minha avó faleceu em 2008 - e os três filhos dela) partimos antes do sol nascer para Pindobaçu, onde moram alguns parentes. Ficamos na casa da D. Isaura, tia do meu avô. Conheci a prima dele, Maria, e o marido dela, o Bita. Esses dias no Pindobaçu foram maravilhosos: fui à feira e tomei caldo de cana com limão (além de ver galinhas prontas para o abate, um porco fatiado, e pedaços de boi expostos), visitei a Barragem do Pindobaçu, catei frutas no pé (seriguela, acerola, umbu, mangas - de mangueiras que estão lá desde antes de 1930!), debulhei feijão-de-corda, abri licuris (um coquinho delicioso), fiquei à toa na rede, e conversei sobre um pouco de tudo: sobre política, sobre Noé (essa história "meio mal contada"), sobre as estrelas, sobre a idade do planeta (será que são mesmo bilhões de anos?), sobre as viagens do meu avô e suas aventuras como boina azul do Batalhão de Suez, a primeira Força de Paz das Nações Unidas... Quatro dias inesquecíveis, bem diferentes da minha vida normal aqui no Rio.


Um visitante noturno no Pindobaçu

Na volta a Capim Grosso, passamos rapidamente por Jacobina, cidade onde meu avô nasceu. No final de semana seguinte, ele me levou para conhecer a roça onde está cultivando feijão-de-corda, mandioca, aipim, melancia... E, na casa dele, ainda provei a umbuzada, creme delicioso feito com o umbu verde. Infelizmente não posso compartilhar os sabores que provei (se bem que trouxe na mala uma garrafa de mel e sacos de feijão-de-corda e licuri torrado...), mas as fotos estão no Picasa. Divirtam-se!


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